Sem subvenção, Ordem recorre à “vaquinha”
Câmara Municipal autorizou revogação de lei municipal que previa subvenção à entidade responsável por resgate histórico de Osasco. Lins quer repassar R$40 mil
Por New Times Comunicação
A Câmara Municipal de Osasco autorizou, na última semana, a revogação da Lei Municipal 4.781/2016 que concedia repasse à Ordem dos Emancipadores de Osasco (OEO), órgão de utilidade pública criado em 1974 com o intuito de preservar e resgatar a memória histórica da cidade. A lei atendia à solicitação para subvenção no valor de R$ 200 mil ao longo de 2017. Os vereadores também autorizaram que a prefeitura repasse apenas R$40 mil à entidade, valor insuficiente para o custeio do órgão. Os emancipadores agora recorrem à “vaquinha” para manter a entidade viva.
A alegação da prefeitura para revogar a lei municipal é que a subvenção foi aprovada em meio ao período eleitoral de 2016, mas além de cancelar a lei, a atual administração optou por diminuir o valor destinado à entidade. O recurso seria repassado a pedido da própria entidade. A Ordem pretendia informatizar e digitalizar todo o seu acervo histórico para facilitar pesquisas e preservar os documentos. Com a redução da subvenção para R$40 mil no ano, o plano precisou ser abortado. Até o último mês de outubro, nenhum centavo foi repassado à OEO. Como não tem sócios, nem mantenedores particulares, a Ordem sobrevive necessariamente da subvenção da prefeitura.
Sem repasses desde janeiro, os problemas financeiros da Ordem se agravaram e a diretoria do órgão tem recorrido às doações de R$200 entre seus membros. Todas as despesas de custeio da entidade como água, luz, telefone, dentre outros, entre janeiro e setembro foram bancadas por seus membros.
Agora, com a revogação da Lei Municipal 4.781/2016, a Ordem dos Emancipadores de Osasco decidiu pedir “socorro”. Em nota oficial divulgada no último mês de setembro, a OEO afirma que o último repasse recebido foi em 2016 no valor de R$100.030,00. De lá para cá, a entidade reclama de “abandono”.
“A OEO foi abandonada pelos poderes públicos do município ao instituir subvenção de R$40 mil. A OEO pede socorro! A memória histórica e cultural de Osasco não pode morrer” diz a nota.