Vereador de Carapicuíba informou à presidência da Câmara ainda em 2018 que não utilizará o veículo. “Tem gente por aí que não tem dinheiro para comprar alimento, então, não acho correto termos essa facilidade simplesmente por sermos parlamentares”, justifica Amiguinho
Por New Times Comunicação
Vereador de Carapicuíba, Zé Amiguinho (PDT) informou à presidência da Câmara Municipal que não utilizará o veículo oficial durante seu mandato. O parlamentar rejeitou o aluguel de um carro ao responder questionário oficial feito pelo comando da Casa ainda em 2018. O edital de chamamento público para locação de 17 veículos foi publicado no último mês de março na imprensa oficial do município. Para Amiguinho, o atual momento econômico não permite que os parlamentares tenham este benefício.
No ano passado, a direção-geral da Câmara enviou aos gabinetes dos vereadores de Carapicuíba documento no qual questiona se o parlamentar teria ou não interesse em contar com veículo alugado para utilizar no exercício do mandato. Em resposta, Amiguinho adiantou que não utilizará o carro oficial.
“O país vive um de seus piores momentos na economia. As pessoas não tem dinheiro pra nada. Tem gente por aí que não tem recursos para comprar o próprio alimento, então, não acho correto termos essa facilidade simplesmente por sermos parlamentares. O exemplo tem que partir de nós, homens públicos. Se famílias têm feito sacrifícios cortando gastos, porque eu como vereador farei o contrário?”, explica o parlamentar.
Zé Amiguinho adianta ainda que, a exemplo do que fez com o veículo oficial, rejeitará benefícios que resultem em gastos para os cofres públicos. “Não quero nada que venha aumentar as despesas da Câmara, seja o que for. Vou continuar usando meu carro particular mesmo que no exercício do mandato. Tenho feito isso nos últimos anos e não me atrapalhou em nada. Não tem porquê mudar agora. O momento pede que cortemos na carne e é isso que tenho feito”, afirmou Amiguinho.
“Respeito os vereadores que vão aceitar o aluguel do carro. Cada um sabe onde seu calo aperta e não vou julgar ninguém, mas eu não quero. Vou continuar fazendo o meu trabalho com o que tenho. Muitas vezes, o excesso de benefícios acaba atraindo para a vida pública pessoas que não querem, de fato, ajudar a população e eu não vou seguir esse caminho”, finalizou.
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